A leptospirose, doença transmitida pela urina dos ratos, é apenas uma das diversas doenças que esses roedores podem nos passar. Confira a lista de enfermidades e aprenda a manter distância deles:

Leptospirose: causada por bactérias que ficam alojadas nos rins dos roedores. Por isso, acabam sendo transmitidas pela urina deles. Penetram nos homens pelas mucosas ou através de algum machucado. Quando ocorrem as enchentes, aumentam os casos de leptospirose. O tratamento é feito com antibióticos, mas se a doença não for descoberta a tempo, pode levar à morte.

Peste bubônica ou peste negra: uma das doenças mais antigas que se têm registros. Transmitida pela pulga do rato de telhado. Até hoje, mata pessoas ao redor do mundo. Assim como a leptospirose, a peste bubônica também é tratada com antibióticos.

Tifo murino ou febre murina: também transmitida pela pulga do rato de telhado. Seu tratamento também é por antibióticos.

Febre da mordida do rato: como o nome diz, é transmitida pela mordida do roedor, quando ele está infectado. Também é passada através da ingestão de alimentos infectados pela saliva do roedor. Causa febre, vômitos e dores musculares. Pode evoluir para pneumonia e até infartos. O tratamento é feito com antibióticos, como a penicilina.

Hantavirose: Passada pela saliva e pela urina dos ratos. Causa uma virose que pode ser mortal se não tratada. Não há tratamento específico para a doença. Tratam-se apenas as infecções pulmonares que ela causa.

Sarnas, alergias: o pelo dos ratos e o contato com os roedores podem causar sarnas e alergias.

OS RATOS EM 30 INTERESSANTES CURIOSIDADES

Existem mais de 1.700 espécies de ratos distribuídas pelo mundo.

O convívio entre humanos e ratos é mais antigo do que se pensa: 10.000 anos.

Existem três ratos para cada ser humano.

As três espécies de ratos (diga-se: pragas) que convivem com os humanos são: o camundongo, o rato de telhado e a ratazana.

Camundongos são normalmente encontrados dentro das residencias (em armários de cozinha, por exemplo); ratazanas em esgotos e buracos no solo; e ratos de telhado no lugar que lhes dá nome.

Ratos possuem uma extraordinária habilidade para se localizar, aprender caminhos novos e criar atalhos em lugares conhecidos (em resumo: eles possuem uma noção espacial mais evoluida do que a nossa).

Uma fêmea de ratazana pode dar à luz 200 descendentes em apenas um ano.

Ratos vivem, em média, dois anos.

Ratos conseguem permanecer até dois minutos debaixo d’água sem respirar.

Acredite se quiser, mas ratos não gostam muito de queijo e preferem alimentos com grande concentração de açúcar.

Elefantes não tem medo de ratos e, sim, de abelhas.

Você sabia que o Larousse Gastronomique, um dos mais renomados livros sobre culinária do mundo, tem uma receita de ratos grelhados?

Aliás, você sabia também que existe um restaurante na China que, entre outros pratos, oferece ratos no cardápio?

95% do código genético dos ratos é igual ao dos humanos.

Mais de 80% das pesquisas feitas com animais envolvem ratos de laboratório.

Os cientistas costumam criar ratos geneticamente modificados com o intuito de usá-los em pesquisas. Como exemplos temos os ratos diabéticos, hipertensos, obesos, anoréxicos, desprovidos de pêlos…

Por falar nisso, você sabia que existem institutos de pesquisa e empresas que “fabricam” ratos geneticamente modificados por encomenda? Basta dizer que tipo de ratinho você gostaria de levar para casa (um gordinho, por exemplo), que o seu pedido será atendido.

Uma das mais bizarras experiências com ratos foi realizada no Japão. Cientistas daquele país conseguiram ressuscitar um rato que esteve congelado por – acredite, se quiser – 16 anos. Detalhe: ele foi “descongelado” e clonado.

Os ratos transmitem cerca de 55 doenças aos seres humanos. Uma das mais perigosas é a leptospirose e uma das que mais fez vítimas fatais ao longo da história é a peste.

Por peste negra entede-se a epidemia de peste bubônica que devastou o continente europeu no século XIV. A peste bubônica é uma doença provocada pela bactéria Yersinia pestis e tem como sintomas manchas na pele, febre, surgimento de ínguas, perda de coordenação motora, confusão mental e, em muitos casos, aumento do volume do fígado e do baço.

A peste negra do século XIV teve origem na China. O curioso é que o rato transmissor da doença pode ter origem na Índia.

Ainda há controvérsia sobre como a peste chegou a Europa, mas muitos estudiosos acreditam que ela tenha surgido após um ataque de mongóis à peninsula da Criméia, mais precisamente ao porto de Kaffa. De lá, foi levada para a Europa Ocidental por mercadores genoveses e venezianos.

A peste negra recebeu esse nome provavelmente por causa das manchas pretas surgidas na pele dos infectados.

O principal agente causador da doença é a pulga que, ao picar a pessoa ou animal, transmite a bactéria para ela. Acredita-se que, na Europa do século XIV, a bactéria era transmitida dos ratos para as pulgas e, destas, para os seres humanos.

O bacilo transmissor da peste também é muito comuns em roedores selvagens como ratazanas do campo, esquilos e até marmotas.

A peste é uma velha conhecida da humanidade. Há relatos sobre epidemias no antigo Egito, na Grécia, em Roma e no Império Bizantino. Há, inclusive, referências sobre ela na Bíblia.

Ninguém suspeitou que a doença tivesse relação com a morte de milhares de ratos. Acreditava-se que ela era provocada pelo “ar ruim”, contra o qual receitava-se aspersão de água de rosas e queima de ervas.

Transmitida pela urina do rato, a leptospirose é uma doença que provoca dores, febre alta e forte hemorragia, que pode levar até à morte.

Outra doença fatal transmitida pelos ratos é a hantavirose, moléstia cujas características são síndromes pulmonares e renais, além de grave febre hemorrágica.

O que aconteceria se os ratos deixassem de existir? Sem nenhum bicho para comê-los, o lixo orgânico se acumularia nos ralos e esgotos. As tubulações entupiriam com maior frequência. Outros animais ocupariam o lugar, transmitindo o mesmo número (ou quantidade maior) de doenças.